Auditoria:
fazer ou não fazer?
Escrevi no blog Rapadura e no
blog Filhos das Minas (ex-Filhos do Cauê) sobre as famosas auditorias que os
prefeitos eleitos costumam prometer sobre o governo do antecessor.
Tem uma pá de gente defendendo
essas auditorias, alguns pedindo até apuração do que aconteceu há mais de uma
década. Outros alegam que é um direito do cidadão saber o que foi feito com o
dinheiro público no governo anterior, enquanto alguns pregam que é obrigação do
prefeito eleito fazer uma apuração geral do que aconteceu antes e denunciar os
possíveis corruptos ou praticantes de atos ilegais.
Ainda bem que tem muita gente
pensando diferente. Democracia é isso.
Respeito a opinião de cada um e
concordo com aqueles que defendem publicidade da real situação encontrada em
cada prefeitura. O prefeito entrante precisa mostrar à população de sua cidade
como encontrou a Prefeitura, os problemas, as dívidas, as condições do
patrimônio e dos equipamentos públicos. Isso precisa ser bem documentado e
divulgado. Mais do que isso não é função do prefeito.
Não me lembro de ter ouvido
candidato a prefeito prometer em campanha que faria auditoria sobre o governo
anterior e que denunciaria fulano ou beltrano. E se algum o fez, extrapolou sua
função. Prefeito nenhum é eleito para isso. Auditar, fiscalizar, denunciar e
punir são funções do Ministério Público, dos vereadores e do cidadão comum.
Prefeito é eleito para governar a
partir do dia primeiro de janeiro após sua eleição e nos quatro anos seguintes.
Esse papo de que prefeito tem que auditar e denunciar prefeito antecessor é
mais para satisfazer mágoas de aliados ou não, que lhe atribuem mais obrigações
daquelas tantas que na realidade já as tem. E que não são fáceis.
Voto é esperança por dias
melhores. E eles não estão pra trás. Estão pra frente.
Aos que discordam peço apenas
tempo, que é o senhor da razão.
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