sexta-feira, 26 de outubro de 2012



Auditoria: fazer ou não fazer?

Escrevi no blog Rapadura e no blog Filhos das Minas (ex-Filhos do Cauê) sobre as famosas auditorias que os prefeitos eleitos costumam prometer sobre o governo do antecessor.
Tem uma pá de gente defendendo essas auditorias, alguns pedindo até apuração do que aconteceu há mais de uma década. Outros alegam que é um direito do cidadão saber o que foi feito com o dinheiro público no governo anterior, enquanto alguns pregam que é obrigação do prefeito eleito fazer uma apuração geral do que aconteceu antes e denunciar os possíveis corruptos ou praticantes de atos ilegais.
Ainda bem que tem muita gente pensando diferente. Democracia é isso.
Respeito a opinião de cada um e concordo com aqueles que defendem publicidade da real situação encontrada em cada prefeitura. O prefeito entrante precisa mostrar à população de sua cidade como encontrou a Prefeitura, os problemas, as dívidas, as condições do patrimônio e dos equipamentos públicos. Isso precisa ser bem documentado e divulgado. Mais do que isso não é função do prefeito.
Não me lembro de ter ouvido candidato a prefeito prometer em campanha que faria auditoria sobre o governo anterior e que denunciaria fulano ou beltrano. E se algum o fez, extrapolou sua função. Prefeito nenhum é eleito para isso. Auditar, fiscalizar, denunciar e punir são funções do Ministério Público, dos vereadores e do cidadão comum.
Prefeito é eleito para governar a partir do dia primeiro de janeiro após sua eleição e nos quatro anos seguintes. Esse papo de que prefeito tem que auditar e denunciar prefeito antecessor é mais para satisfazer mágoas de aliados ou não, que lhe atribuem mais obrigações daquelas tantas que na realidade já as tem. E que não são fáceis.
Voto é esperança por dias melhores. E eles não estão pra trás. Estão pra frente.
Aos que discordam peço apenas tempo, que é o senhor da razão.


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